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9 - DESPERTANDO A CURIOSIDADE DE ALUNOS E ALGUNS PROFESSORES COM O CADERNO QUE EU SEMPRE ESCREVIA...

                      Estou agora ainda em maio, em um sábado contando sobre mais coisas que marcaram minha vida de adolescente de quinze anos apaixonadíssimo... Nesta semana a professora Miriam de Língua Portuguesa me mandou buscar o apagador na turma 7a 2a. Eu demorei um pouco para trazê-lo e quando entrei na sala uma aluna chamada Sílvia estava lendo meu caderno onde eu escrevia esta história. E a Jucelei um caderno de pensamentos onde escrevi um sobre a Vanessa. Foi o Carlos que os tirou da minha mala. Eu falei com a professora para a Jucelei me entregar e ela acabou me entregando. E a professora pegou da Sílvia o caderno. Pediu para levá-lo para ler em casa e eu deixei. Gostava daquela professora, assim como do Professor Mauro de Educação Física. No dia seguinte ela me devolveu e disse que corrigiria os erros de Português se eu quisesse publicar. Eu não quis porque não vou ser compreendido (pensei na ocasião), não somos namorados eu e ela, não queria que os outros soubessem e essa

8 - UM FATO CONSTRANGEDOR

                     Na sexta-feira da semana seguinte ainda em maio, eu estava sentado em uma carteira que dava para ver fora da sala através da porta que estava aberta no momento. O Carlos que fazia umas brincadeiras, assobiou para a Vanessa que estava jogando bola com uma sua amiga Margarete e me mandou olhar para fora. Eu olhei e vi elas olhando e sorrindo de mim, pensaram que fui eu quem assobiou. Até ele comentou achando engraçado:                      ➖   A Vanessa pensou que foi o Adial quem assobiou para ela!                    Eu ficava meio envergonhado até com isso... mas o que aconteceu depois no recreio ou intervalo das aulas foi bem mais constrangedor, me senti em uma saia justa como se diz. Estava  nos degraus da cancha com o Daniel, olhando um caderno onde eu desenhava personagens de terror. Não eram desenhos muito bons, era apenas um passatempo ou hobbye meu da época. Então vi alguém se aproximar e notei primeiro dois calçados brancos que pararam perto de mim. Eu olh

7 - FINALMENTE REVELEI A ELA O QUE EU SENTIA...

                    Queria que ela soubesse que eu gosto dela, mas eu não tive coragem de falar com ela. E nem tive oportunidade, pois no recreio ela fica com suas amigas e eu não queria que outras pessoas soubessem disso, tinha muita vergonha. Para ser bem sincero morria de vergonha que professores e principalmente os pais dela soubessem disso. Faço agora um adendo atual ao texto... sempre fui tímido, acho que é algo inerente à minha pessoa. Desde mais ou menos uns quatro ou cinco anos tinha vergonha de estranhos e até de parentes que eu não convivia muito. Desde quando entrei na escola no primeiro dia precisei me adaptar às novas pessoas. Era um caipira como diriam no interior, embora fosse um caipira de capital. Por sinal o povo desta cidade é bem fechado também e não ajuda em quase nada a nossa desenvoltura. Mas enfim... eu gostava dela desde que a conheci, mas até agora ela não sabia disso.                                                        O RESUMO ESCRITO E A CARTA          

6 - NOVAMENTE ESTUDANDO NO MESMO TURNO QUE ELA

                    No dia 21 de fevereiro do ano seguinte  voltei para as aulas naquela escola e na cancha formamos fila. O Daniel estava na mesma turma que eu, gostei bastante deste acontecimento, pois teria ainda o amigo para conversar sobre diversos assuntos além dela, como os filmes que passavam na televisão, da qual éramos fiéis telespectadores naquela época. Foi neste ano que  comecei a escrever estas minhas memórias sobre a Vanessa em um caderno com encadernação brochura. Eu tinha uma lembrança com detalhes dos fatos que haviam me impressionado tanto, apesar de já terem transcorridos quase dois anos desde que a conheci.  E eu já vi a minha querida Vanessa com suas amigas na fila da 8a2a.                     Um dia ela penteou os cabelos de modo que ficaram ondulados e muito bonitos. Eu queria mostrar quem era ela para o Daniel mas ele ficava perto do mastro em uma posição que não dava para vê-la.                    Em outro dia eu e este amigo estávamos no corredor do prédio ve

5 - ANO SEGUINTE NA MESMA SÉRIE EM OUTRO TURNO

                    Começou um novo ano e a minha turma agora era a 6a 5a na sala 7, no mesmo prédio velho. Nesse ano eu conheci novos colegas, um deles se chamava Fabiano, descendente de japoneses. Ele ficou sabendo sobre a Vanessa mas não a conhecia. Foi um ano de muita saudade dela. Conheci o Daniel que também gostava de filmes de terror e não conhecia a Vanessa, mas ficou sabendo da minha gamação por ela. Ele soube tudo sobre minha amada: que ela era a única que eu amei, que eu amo e que eu amarei (na época eu não acreditava que pudesse amar outra). Eu nunca havia me apaixonado por outra. Eu não conhecia outra bonita como ela. Não conhecia nem iria conhecer outra igual, escrevi na época. Mesmo que ninguém me compreenda eu não vou largar dessa ideia, pois isso é verdade.                    Neste ano minha mãe, eu e minha irmã viajamos para Londrina na casa de uma tia, irmã dela. Até comentei com uma das minhas primas sobre a Vanessa que eu gostava. Viajei pela primeira vez em um ôni

4 - OUTRA GRANDE DESCOBERTA: EU ERA CORRESPONDIDO!

                    Eu pensei que ela não gostava de mim, mas um dia eu estava na sala e ela estava conversando. Eu lhe disse para provocá-la:                 ➖   Êh Vanessa p alhaça, por que que não vai pro circo?                  ➖   Ah, só se for com você! (Respondeu ela).               Passou quase um minuto e tornei a dizer o mesmo:                  ➖  Êh Vanessa palhaça, por que que não vai pro circo?               E ela voltou a responder:                ➖    Ah, só se for com você!               Estou aqui reproduzindo o que escrevi quando tinha acho que uns catorze anos, cerca de um ano e meio depois que a conheci. Ainda tinha uma lembrança exata dos fatos, até das palavras dela. Esta ingenuidade de pensar e escrever era da ocasião que escrevi meu caderno, parecia um diário da minha paixão.  O diálogo anterior foi legal para mim, mas o que realmente me fez acreditar que era correspondido aconteceu depois... um dia aconteceu um fato que me deixou muito feliz e apaixonado. Foi

3 - UMA GRANDE DESCOBERTA: ME APAIXONEI PERDIDAMENTE PELA PRIMEIRA VEZ

                              Para descrever a primeira grande crise amorosa e existencial que tive na vida, vou recorrer além da minha memória ao que restou de um velho caderno escolar que separei na época para escrever tudo que acontecia a respeito. O bom disso é que terei aqui registrado o que anotei na época, de acordo com a minha visão da vida desde quando era um pré-adolescente de doze anos até quando era um adolescente de dezessete (acho que continuei até mais ou menos esta idade).                     Desde   a primeira até a quarta série do Primeiro Grau (hoje Ensino Fundamental), eu estudei numa mesma escola. A partir da quinta série fui transferido para outra escola que era próxima da casa dos meus avós paternos e onde estudavam dois primos meus. Tinha onze anos e meio. Estudei esta série no turno da tarde. No ano seguinte passei a estudar de manhã e já estava com doze anos e meio (nasci no mês de julho). No pátio formamos fila, naquele tempo havia esse sistema. Organizadas a