6 - NOVAMENTE ESTUDANDO NO MESMO TURNO QUE ELA

                No dia 21 de fevereiro do ano seguinte voltei para as aulas naquela escola e na cancha formamos fila. O Daniel estava na mesma turma que eu, gostei bastante deste acontecimento, pois teria ainda o amigo para conversar sobre diversos assuntos além dela, como os filmes que passavam na televisão, da qual éramos fiéis telespectadores naquela época. Foi neste ano que comecei a escrever estas minhas memórias sobre a Vanessa em um caderno com encadernação brochura. Eu tinha uma lembrança com detalhes dos fatos que haviam me impressionado tanto, apesar de já terem transcorridos quase dois anos desde que a conheci. E eu já vi a minha querida Vanessa com suas amigas na fila da 8a2a.


                Um dia ela penteou os cabelos de modo que ficaram ondulados e muito bonitos. Eu queria mostrar quem era ela para o Daniel mas ele ficava perto do mastro em uma posição que não dava para vê-la.


                Em outro dia eu e este amigo estávamos no corredor do prédio velho perto da sala olhando para a cancha onde fazíamos as aulas de Educação Física. Eu insistia para mudarmos de lugar e falei:

                 Ah mas aqui não dá para você ver!

                 Ver o quê? (Perguntou o Álvaro, o mesmo colega de classe dos dois anos anteriores e que se não me engano estudou também com eu e ela na mesma sala).

                Eu então empurrei o braço do Daniel, dando-lhe a entender que não era para ele falar. Inventei uma desculpa e o outro nada soube. Engraçado foi o Daniel:

                 Ai não empurre! (Disse ele).


                            QUANDO O DANIEL CONHECEU A VANESSA


                Por insistência minha eu e meu amigo ficamos encostados na parede do prédio velho perto do mastro onde havia as bandeiras do Brasil e do Paraná. Isso no recreio que depois chamaram de intervalo quando voltei a estudar de novo após formado, muito tempo depois. Eu descrevi como ela era para ele e disse que era para olhar na frente do colégio, que ela sempre fica lá com suas amigas. Resolvemos esperar bater o sinal, pois quando ela passasse eu a identificaria. Eu já fiquei com vergonha, pois quando ela passasse com as amigas poderiam me ver. Mas ela passou por nós eu eu a identifiquei dizendo que era aquela de blusa cinza. O Daniel perguntou se era aquela de mala branca. Respondi que era... ele esboçou um sorrriso. Aí bateu o sinal e eu fui para a sala de aula, mas ele foi por outro caminho seguindo-a e viu o seu rosto. Ele a achou bonita também e gostava de uma garota da nossa sala chamada Cristiane, pena que ela não o correspondeu.


                Num certo dia eu estava na frente do prédio novo em uma aula de Educação Física. Estava encostado na parede do prédio velho. Estava olhando para os lados mas... tive vontade de olhar para cima. E vi no andar de cima do prédio novo sem ilusão alguma... a Vanessa! Nossos olhares se encontraram naquele momento. Ela passou perto da janela andando, com a mão no rosto, sorrindo e piscando para mim! E o amor já dominou meu coração, fiquei apaixonado.


                Como gosto dela, eu e o Daniel resolvemos ficar sentados nos degraus ao lado do pátio, perto do mastro e da frente da escola todos os dias no recreio esperando vê-la. Ela quase sempre fica na frente com as amigas dela conversando. Pelo jeito ela gosta muito daquele lugar. E sentado no muro baixinho onde fica a tela do registro de luz dá para vê-la perfeitamente.


                Um dia antes das aulas, houve um hasteamento da bandeira. E antes de cantarmos o Hino Nacional Brasileiro, o Daniel me chamou a atenção e disse:

                 Adial ela tá olhando pra você!

                Depois eu perguntei como era o olhar dela e ele disse que dava até impressão de que ela queria falar comigo.


                Certo dia eu e ele estávamos encostados na parede do prédio que fica em frente ao pátio ou cancha e coversando. Ela passou por nós e esboçou um sorrisinho para mim. Naquele dia ela estava com uma camiseta branca do uniforme da escola e calça de Educação Física. Eu olhei para o Daniel rindo e ele perguntou:

                 Adial... você viu a risadinha que ela deu pra você?

                Quando ela faz isso eu me derreto todo... 


                            O DIA QUE ELA FALOU COMIGO


                Em uma manhã o Daniel, um primo dele chamado Luís e eu estávamos neste mesmo lugar conversando. E o Luís me perguntou porque eu não ia falar com ela. Eu respondi que sem ela falar comigo eu não podia falar nada, mas se ela viesse falar comigo então eu conversaria com ela. E então como que em resposta ao meu pedido percebi que alguém vinha em nossa direção... ouvi alguém falar meu nome. Ouvi a voz da Izabel, uma das amigas dela. E não era só ela não, e sim: a Margareth, a Vanessa e outras. Se aproximaram de mim e disseram:

                 Ôi Adial.

                Nisso o Daniel e o Luís se levantaram e me deixaram sozinho com elas. Eu respondi:

                 Ôi! Ôi!

                E a Vanessa se agachando para perto de mim disse:

                 Não se lembra mais de mim?

                E desta vez lhe dei uma boa resposta:

                 E haveria de te esquecer?

                 Então tá bom.

                Não sei se ela entendeu o que eu quis dizer com isso. É que o amor que eu sinto por ela não me deixa esquecê-la! Já era o terceiro ano vivendo aquela paixão. Como o Daniel dizia, fiquei transbordando. Sim, meu coração ficou transbordando de amor. Naquela manhã ela estava com uma jaqueta azul marinho e com o rosto lindo como sempre foi, desde que eu a conheci.


                Nesse ano ela vem com vários tipos de roupas. Num hasteamento da bandeira que teve me parece que ela me olhou de novo. Antes disso certo dia eu estava na sala, sentado na carteira da frente da do Daniel. E eu vi ela batendo bola com as mãos com algumas meninas, gostavam de Vôleibol. Lá de fora ela me olhando falou meu nome senão me engano. E eu nunca me canso nem me enjoo de vê-la, eu a adoro!


                Alguns dias, não sei quantos depois desse caso, ela veio dar um aviso e o Carlos vendo ela chegar mandou eu olhar. Ela ficou bem na frente da minha carteira. Estava com a mesma jagueta que usava no dia que ela falou comigo no pátio. Eu olhei para o Daniel e ele sorriu. O Carlos sabe dessa história, pois já leu meu caderno. A roupa que eu mais gosto de ver nela é aquela blusa cinza claro, calça jeans azul marinho, tênis azul e branco, cabelos soltos e o bonito gorro ou boina cinza, assim como ela estava uma vez na 6a 2a, no ano retrasado. Naquela ocasião eu ouvi quase todos os alunos da sala dizerem ser a Vanessa a mais bonita da turma. E eles estão certos. Certíssimos na minha opinião!


                Continua... Este foi o ano em que fatos novos ocorreram...



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