2 - MINHA INFÂNCIA : JÁ OBSERVAVA MULHERES!

Deixa eu te contar tudo que passei com outras mulheres até hoje...

Desde bem criança sempre achei que um dia como todas as pessoas, arrumaria uma namorada e me casaria. Sempre ficava observando quando via uma mulher bonita e bem arrumada. Até comentei uma vez lá pelos meus sete anos quando passava por uma loja com a minha mãe: 

 Mãe essa mulher parece uma bonequinha. 

E ela muito tempo após ainda se lembrava disso. 

Até os cinco anos fui o único filho, criado mais entre adultos e sem contato constante com outras crianças. Eu era muito tímido e até me escondia no quarto quando chegavam estranhos ou parentes que via pouco. A interação mais antiga que lembro que tive com meninas que não fossem parentes foi acho que com cerca de quatro ou cinco anos apenas, não tenho como saber com certeza. Morávamos de aluguel no bairro Água Verde em Curitiba, próximo à Igreja Ucraniana da Avenida Presidente Kennedy. Em um dia, acho que era já começo da noite, minha mãe foi visitar uma conhecida comigo. Uma mulher com duas meninas um pouco mais velhas que eu que estavam segurando um papagaio. Elas trouxeram a ave perto de mim pelas costas, ele segurou meus cabelos ou roupas e eu fiquei parado sem saber o que fazer. Como neste momento minha mãe estava de saída me levou pela mão fazendo com que meus cabelos fossem puxados. Elas começaram a rir de mim e aí que ela se virou e viu porque eu relutava em sair do lugar. Tal fato na época me deixou constrangido e nunca me esqueci disso. A primeira experiência com as pessoas do sexo oposto não foi das melhores desde o começo.

Eu pedia a minha mãe que queria uma irmã para brincar comigo e meus pais resolveram ter outra criança. Mas infelizmente devido a problemas de parto minha  nasceu com deficiência mental. Só fomos notar isso quando ela foi crescendo. Éramos mais pobres do que somos hoje e morávamos de aluguel. Logo após o nascimento da minha irmã mudamos para o nosso próprio imóvel já no município de Colombo. Fiquei ainda mais isolado de outras crianças da minha idade porque aquela região era mais isolada que a outra perto da Avenida Presidente Kennedy onde morávamos antes em Curitiba. Aí chegou a época de entrar na escola. Como era de se esperar, tive uma enorme dificuldade de adaptação. No primeiro dia formamos fila no pátio e eu me lembro que se minha mãe não ficasse junto eu não ficava lá. Ela teve que até ir junto comigo na sala de aula. Muitos alunos zombavam de mim e até comentavam que eu era bôbo. Tive problemas de comportamento na escola e dei várias preocupações a meus pais. Mas aconteceram coisas boas também: era um dos alunos mais estudiosos e adiantados e sempre gostaram dos meus desenhos e de como eu escrevia. Naquela época minhas diversões eram viagens ao Norte do Paraná, idas às casas de parentes e em outros lugares. E a televisão, que naquele tempo era muito melhor do que é hoje em termos de programação. Uma das coisas de que mais gostava eram os filmes de terror antigos que passavam tarde da noite. Desde os nove anos de idade assisti dezenas deles e hoje sempre baixo da internet quando os encontro.

Nesta foto feita na escola eu deveria ter uns oito anos.

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